Uma entrevista com Lorraine Marcel sobre a adoção do bitcoin pelos consumidores

“Bitcoin Dada é uma comunidade com foco em empoderar as mulheres africanas através da educação financeira”

Lorraine ouviu falar pela primeira vez sobre bitcoin e finanças descentralizadas em 2018, quando organizava um evento para uma empresa de criptomoedas que ela conheceu por meio de um amigo.

Na época, muitas organizações ou empresas estavam entrando na África para lançar seus produtos no campo das criptomoedas. Havia muito entusiasmo, bem como desinformação, e ela se viu procurando por pessoas com as quais se identificar, um mentor ou uma luz guia. Mas tudo o que encontrou foi a falta de representação de mulheres africanas nesse espaço.

Em 2022, ela decidiu focar no bitcoin e estudar o que é o bitcoin. Começou a participar de reuniões, assistir a vídeos no YouTube, ouvir podcasts e seguir pessoas no Twitter para ver aonde esse caminho a levaria; foi então que fundou o Bitcoin Dada.

A ideia do Bitcoin Dada é ter um espaço seguro ou uma comunidade onde as mulheres africanas possam vir, aprender e compartilhar suas experiências enquanto percorrem a jornada do bitcoin. Workshops online e presenciais. Eles podem ser encontrados online, bem como fisicamente no Quênia, Uganda, Nigéria, África do Sul, Gana e Namíbia.

“Para ser um consumidor de bitcoin, você realmente não precisa de muito conhecimento técnico”

“A única qualificação que você precisa é ser africano. Bitcoin Dada não tem barreiras educacionais. Não importa se você só foi ao ensino médio ou se tem um mestrado ou um MBA, contanto que tenha o compromisso e a vontade de aprender.”

Bitcoin Dada tem programas personalizados, assim como materiais que podem ser lidos e aprendidos por conta própria. Eles oferecem:

1. Esquema do curso adaptado para que seja relacionável com base nas experiências das mulheres.

2. Um espaço privado onde tudo o que é compartilhado e discutido não sai do Bitcoin Dada.

3. Incentivar as mulheres a sempre voltar e aprender mais sobre bitcoin e ver como podem incorporar a tecnologia em sua vida cotidiana.

“A aceitação limitada por parte dos comerciantes e a lacuna educacional são os dois principais desafios para a adoção pelos consumidores”

Embora o número de comerciantes que aceitam bitcoin esteja crescendo, comparado às opções de pagamento tradicionais, ainda é limitado. “Mais comerciantes precisam ser introduzidos nesse espaço e esse esforço deve vir dos bitcoiners já existentes”, diz Lorraine.

“Há uma enorme lacuna de conhecimento educacional. Muitas pessoas não sabem o que é bitcoin. Outras não sabem exatamente o que é bitcoin, mas ouviram falar dele no contexto errado ou por desinformação. Se continuarmos a ter mais iniciativas que promovam a educação, veremos mais adoção nesse espaço”

“O Bitcoin é para todos, você não precisa se sentir intimidado”

Para aqueles interessados, mas hesitantes em adotar o bitcoin, é importante entender no que você está se envolvendo. “Comece pequeno, experimente, eduque-se, eduque seus funcionários, a equipe executiva e, em seguida, avance aos poucos.

“Como trabalho principalmente com mulheres, gostaria de dizer a outras mulheres por aí, àquelas que já estão no espaço e àquelas que ainda não estão;

“O bitcoin é para todos, você não precisa se sentir intimidada, não é algo apenas para homens. O bitcoin foi criado para todos, então entre nesse espaço se educando e encontrando seu caminho.

“Há muitas pessoas por aí procurando por mulheres que estão participando desse espaço, então você pode ser a inspiração de alguém. Como eu, que estava procurando alguém para me guiar.”

Assista à entrevista completaLink to: https://youtu.be/IdkfQGidRmQ ou visite nosso canal no YouTubeLink to: https://azte.co/youtube para mais entrevistas.